A SECA
MEUS PÉS CORTADOS SANGRAM, MINHA BARRIGA DOÍ, COM OLHOS EMBEVECIDOS EM LÁGRIMAS, RELEMBRO BONS TEMPOS PASSADOS, ONDE HAVIA MUITA VIDA, PLANTAÇÕES, ANIMAIS PASTANDO, ÁGUA EM ABUNDÂNCIA, TUDO ERA ALEGRIA, TODOS TINHAM PRAZER DE VIVER NESSAS TERRAS.
MAS HOJE A REALIDADE É OUTRA, PESSOAS VAGANDO PÉS DESCALÇOS SOB UM SOL ESCALDANTE EM MEIO A PLANTAÇÕES DEVASTADAS, RIOS SECOS E ANIMAIS QUE SÃO DEVORADOS PELOS URUBUS EM SUA AGONIA FINAL.
ALGUNS PERMANECEM VIVENDO EM CONDIÇÕES SUB-HUMANAS, AGARRADOS A UMA FÉ QUE LHES FAZ CONTINUAR NESSE DESERTO, NA ESPERANÇA QUE DEUS TRAGA CHUVA E LHES DEVOLVA O SORRISO HÁ MUITO ESQUECIDO, COMO SORRIR DIANTE DE TANTA DOR E SOFRIMENTO. 06.04.06 GORY VIEIRA