26.06.2013 DICAS QUE PODEM SALVAR UMA VIDA
A importância do teste da orelhinha nos bebês recém-nascidos
Todo bebê está submetido a apresentar
possíveis problemas auditivos ao nascer ou adquiri-los nos primeiros
anos de vida. Com a finalidade de prevenir a deficiência auditiva ou até
mesmo de remediar, no caso dos bebês que apresentam surdez congênita,
foi criada a lei municipal nº. 3028, de 17 de maio de 2000.
Tal lei se refere a um programa de
triagem auditiva neonatal que tem como finalidade avaliar a audição em
recém nascidos. Esse programa é eficaz no sentido de prevenção e
cuidados auditivos, sendo indicado por instituições do mundo inteiro,
visando o diagnóstico precoce de perda auditiva, uma vez que sua
incidência, na população geral, é de 1 a 2 por 1000 nascidos vivos.
Saiba questões importantes em relação a esse teste, como:
Quando deve ser feito?
Orienta-se realizar o teste da
orelhinha, nos primeiros anos de vida do bebê (3 meses), detectando
perdas precoces que possam influenciar no aprendizado da linguagem.
Geralmente o exame é realizado no berçário em sono natural, de
preferência no 2º ou 3º dia de vida. O tempo de duração varia entre 5 e
10 minutos, não tem qualquer contra-indicação, não acorda nem incomoda o
bebê. Não exige nenhum tipo de intervenção invasiva (uso de agulhas ou
qualquer objeto perfurante) e é absolutamente inócuo. A triagem auditiva
é feita inicialmente através do exame de Emissões acústicas evocadas
(código 51.01.039-9 AMB).
Como marcar o teste?
Procure clínicas que possuem médicos
especializados em otorrinolaringologia e procure também o fonoaudiólogo,
esses irão encaminhar e realizar o teste da orelhinha, respectivamente.
Qual o método utilizado?
O método mais utilizado para a triagem
auditiva neonatal é o exame de Emissões Otoacústicas Evocadas (EOAs) de
acordo com o código (51.01.039-9 AMB).
Considerado bastante objetivo, este exame é indolor e de execução rápida, realizada durante o sono natural do bebê.
Utiliza-se um fone na parte externa da orelha do bebê. Demora de 5 a 10
minutos e não tem qualquer contra-indicação, não acorda nem incomoda o
bebê.
O exame de EOAs baseia-se na produção de certo estímulo sonoro, bem como
na percepção do retorno desse estímulo (eco), o registro é feito
através do computador, verificando se a cóclea (parte interna da orelha)
está normal, ou seja, em funcionamento, é emitido um gráfico com o
diagnóstico do exame.
Como é dado o resultado?
Após o final do exame, além do resultado, é passado para o responsável e
para o médico que solicitou o exame, um protocolo de avaliação. No caso
de suspeita de alguma anormalidade após a realização da triagem
auditiva neonatal, o bebê será encaminhado para uma avaliação otológica e
audiológica completa.
Com o objetivo de ajudar a prevenir a deficiência auditiva, seguem abaixo alguns fatores que levam à surdez:
Fatores de risco para a surdez :
Bebê de 0 a 28 dias
- História familiar: ter outros casos de surdez na família;
- Infecção intra-uterina: provocada por citomegalovírus, rubéola, sífilis, herpes genital ou toxoplasmose;
- Baixo peso;
- Hiperbilirubinemia: doença que ocorre 24 horas depois do parto. O bebê
fica todo amarelo por causa do aumento de uma substância chamada
bilirrubina;
- Medicações ototóxicas;
- Síndromes neurológicas: Síndrome de Down ou de Waldemburg, entre outros.
Por Elen Cristine M. Campos Caiado
Graduada em Fonoaudiologia e Pedagogia
FONTE: http://www.brasilescola.com/fonoaudiologia/a-importancia-teste-orelhinha-nos-bebes-recemnascidos.htm