ACIDENTES SÃO A PRINCIPAL CAUSA DE MORTE ENTRE CRIANÇAS,VEJA QUAIS CUIDADOS TOMAR:
Do UOL, em São Paulo
13/12/201206h00
Os casos registrados nas últimas duas semanas, de três crianças que
morreram afogadas em piscinas e do bebê que morreu ao engasgar após
beber leite em uma creche, fazem lembrar os cuidados que devem ser
tomados para evitar este tipo de acidente.
No Brasil, 37% das mortes de crianças é motivada por causas externas, o
jargão médico para acidentes como afogamento, intoxicação e quedas,
entre outros, segundo números do SUS (Sistema Único de Saúde). Os dados
fazem desse grupo a principal causa de morte entre jovens de 1 a 14
anos. Em 2010, ano das estatísticas mais atuais segundo a secretaria
municipal da Saúde de São Paulo, que divulgou os números, ocorreram
16.888 mortes nesta faixa etária no Brasil, das quais 6.274 (37,1%)
decorrentes de causas externas.
Para a cirurgiã pediatra Denise Estefan Ventura, médica do GRAU (Grupo
de Resgate e Atendimento às Urgências) de São Paulo, na maioria dos
casos os acidentes podem ser evitados com cuidado e prevenção. "As
crianças são mais suscetíveis aos acidentes domésticos, mas a maioria
dessas mortes poderia ser evitada. Isso que é lamentável", afirma
Denise.
Em 26 de novembro, Bernardo Giacomini Gonçalves, 3, morreu enquanto
participava de uma aula de natação na escola onde estudava, em Moema,
zona Sul de São Paulo. Na última segunda-feira (10), os gêmeos Lucas
Henrique Carvalho Leme e Pedro Henrique Carvalho Leme foram encontrados
afogados na piscina do apartamento onde moravam com os pais, em Taboão
da Serra (Grande São Paulo). Já nesta terça-feira (11), o bebê de cinco
meses Rafael Azevedo Gonzaga de Matos Guilharmati morreu supostamente
após se engasgar ao tomar leite numa creche no bairro Campos Elíseos,
centro de São Paulo.
Números do SUS divulgados pela Secretaria Municipal de Saúde de São
Paulo mostram as principais causas de morte na infância. Em primeiro
lugar aparecem os acidentes de trânsito (29%), seguidos pelos
afogamentos (18%). Em seguida vêm asfixia/sufocação (3%), queda (3%),
exposição à fumaça/fogo (2%), choque elétrico (2%), envenenamento por
animais e plantas (0,6%), envenenamento por substâncias nocivas (0,4%) e
queimaduras (0,2%).